O caminho para casa é sempre o mesmo. Mas, sempre tão diferente. As pessoas que partilham comigo esta viagem nunca, ou raramente, se repetem e quase nada têm em comum. O que me faz pensar. O que me faz reflectir.
Hoje, no caminho para cá, pensei como é dificil, na maioria das vezes, compreendermos o outro. Compreendermos a nossa familia, o nosso amigo, a nossa amiga, a pessoa que amámos, o nosso colega de trabalho. São raras as pessoas que têm a capacidade da compreensão nas situações em que as suas ideias não vão ao encontro das do outro. Para nós, pessoas comuns, isto é motivo de crítica, é, algumas vezes, motivo de raiva e desentendimentos. Mas a verdade é que, muitas vezes, isto não é algo que controlamos, é antes algo que está exterior a nós, e como que por mecanismos de defesa queremos defender a nossa ideia, e calcar a do outro. Contra mim falo. Que, na maioria do tempo, nao faço parte desse grupo de raras pessoas que não se deixam levar pelo caminho mais fácil e escutam o outro, mais que o escutar, compreendem a posição do outro. Mesmo que essa posição nao seja benéfica para si mesmo.
E assim quis vir contar-vos da minha viagem! Não da viagem fisica, que essa não têm muito que se lhe diga, mas da viagem de espirito, que me fez e me faz crescer a cada regresso.
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