domingo, 14 de novembro de 2010

Tentei, em vão!

Tentei desenhar. Enganar o cansaço e ganhar uma viagem a um mundo só meu. Que só eu conheci e que abandonei, julgando nunca mais precisar dele. Um mundo onde me refugiava, onde encontrava as forças para o dia seguinte mesmo que, para entrar nele, tivesse que perder demasiadas horas no mundo real.
O relógio já bate as três da manhã, e o cansaço é geral... É fisico, psicológico, e espiritual. Ainda assim, tentei. Em vão. Olho a imagem, traço um risco...Amarroto a folha. Repito o processo, mas o desenho vai transparecendo a minha mão. E a minha mão transparece-me. Amarroto o desenho. Desligo a música e a luz.
Até amanha!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Voltei atrás

Para ti,

"Do outro lado do mundo está a única coisa que tu queres
Enterrada no chão, milhares de quilometros abaixo
A primeira coisa que chega à tua mente, quando acordas
E tu dobras-te até quebrares
Deixa-me abraçar-te agora.

Bebé, fecha os olhos
Não os abras até que amanheça
Bebé, não te esqueças
Ainda não perdemos tudo.

Não sabemos do que somos feitos,
Até que a única coisa que queremos chega com o amanhecer
E, de repente tudo muda.

Um dia, quando tudo isto acabar
Podemos ainda não ter a resposta
Mas, por agora, quando te abraço
Estamos perto."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Destination.... Home!


O caminho para casa é sempre o mesmo. Mas, sempre tão diferente. As pessoas que partilham comigo esta viagem nunca, ou raramente, se repetem e quase nada têm em comum. O que me faz pensar. O que me faz reflectir.

Hoje, no caminho para cá, pensei como é dificil, na maioria das vezes, compreendermos o outro. Compreendermos a nossa familia, o nosso amigo, a nossa amiga, a pessoa que amámos, o nosso colega de trabalho. São raras as pessoas que têm a capacidade da compreensão nas situações em que as suas ideias não vão ao encontro das do outro. Para nós, pessoas comuns, isto é motivo de crítica, é, algumas vezes, motivo de raiva e desentendimentos. Mas a verdade é que, muitas vezes, isto não é algo que controlamos, é antes algo que está exterior a nós, e como que por mecanismos de defesa queremos defender a nossa ideia, e calcar a do outro. Contra mim falo. Que, na maioria do tempo, nao faço parte desse grupo de raras pessoas que não se deixam levar pelo caminho mais fácil e escutam o outro, mais que o escutar, compreendem a posição do outro. Mesmo que essa posição nao seja benéfica para si mesmo.

E assim quis vir contar-vos da minha viagem! Não da viagem fisica, que essa não têm muito que se lhe diga, mas da viagem de espirito, que me fez e me faz crescer a cada regresso.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

My December






Respiro. Estou atenta. Disperta para tudo o que me rodeia. É algo exterior a mim que comanda, agora. Vivo. E, subitamente, só o hoje importa para mim. Deixo de fazer planos. Desisto de os construir. Não espero. Não perspectivo.

Lembro-me, e nunca esqueço.


"Just wish that I didn't feel that it was something I miss!
Take back all the things I said that make you feel like that."